O Brasil não possui proporções continentais apenas no tamanho, mas também na forma como utiliza as redes sociais. Os dados da Hootsuite e WeAreSocial revelaram que é o terceiro no mundo que mais usa redes sociais e o segundo que mais passa tempo. Ou seja, é um ambiente propício para inúmeras atividades, inclusive para o e-commerce.
Entre os conceitos que compõem esse contexto e as estratégias que podem ser utilizadas - algumas delas abordadas no blog Conexão E-commerce - é possível destacar a importância da Prova Social e das análises online, as potencialidades dos anúncios pagos para impulsionar seu alcance, os consumidores 5.0, além do tema central deste artigo: os influenciadores digitais no e-commerce.
Portanto, você vai ler neste artigo:
Com a banda larga e o surgimento dos smartphones, mais pessoas passaram a ter acesso à internet no Brasil. O avanço veio acompanhado de pessoas criadoras de conteúdo digital que construíram audiência em torno desse trabalho. Não demorou muito para que os influenciadores conquistassem espaço também nas agências e nos setores de marketing das empresas, que foram em busca da troca genuína entre criadores e público.
Afinal, conforme a definição da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), “influência digital é a capacidade de uma pessoa usar canais online para transformar opiniões em comportamentos, além de induzir outras pessoas a determinadas ações como compras''. Mais importante do que apenas números de seguidores, a credibilidade e a autenticidade são características fundamentais nesse contexto.
Atualmente, os influenciadores digitais estão espalhados nas diferentes redes sociais - na maioria das vezes, presente em todas as principais. O top 5 das redes sociais no Brasil é formado por WhatsApp, YouTube, Instagram, Facebook e TikTok, nessa ordem, conforme o relatório (abril de 2022) produzido em parceria por We Are Social e Hootsuite.
No entanto, os influencers estão também em redes sociais mais de nicho, como moda e decoração no Pinterest e games na Twitch, por exemplo. Ou seja, os nano influenciadores ou micro influenciadores. As possibilidades são quase infinitas e à disposição das marcas de todos os tamanhos.
Você já deve ter visto diferentes ações voltadas a vendas com influenciadores. Entre as principais, é possível destacar as publicações patrocinadas (publipost), o envio de produtos para review e/ou unboxing, convites para participação de eventos e palestras, live commerce, marketing de afiliados, entre outros.
Apesar do número de seguidores ser naturalmente uma métrica, que segmenta os tipos de influencers (veja abaixo), o que mais atrai marcas e empresas é a autenticidade da pessoa criadora perante o público. Ou seja, nesse pacote, é preciso avaliar o alcance do influenciador, sua capacidade de engajar e sua relevância, especialmente dentro do seu nicho.
Como você leu no início desse artigo, essas estratégias estão disponíveis para empresas e marcas de todos os tamanhos. No checklist abaixo, algumas características e dicas foram separadas para nortear a busca pelo influenciador ideal para atingir seu público-alvo.
O exemplo que vem da Ásia e está ganhando o mundo, inclusive o Brasil, envolve influenciadores e redes sociais. Por lá, especialmente no e-commerce chinês, a mescla de entretenimento com vendas ao vivo pela internet deu origem ao conceito de live commerce (ou ainda livestreaming e-commerce e shopstreaming).
As vendas por live oferecem uma experiência completa para o consumidor, que pode assistir, escolher os produtos e finalizar a compra em aplicativos próprios para isso ou em grandes redes sociais, tudo com poucos toques. Os influenciadores têm aqui um papel importante, pois serão responsáveis por apresentar a live, interagir com a audiência e comentar sobre os produtos exibidos.
Por aqui, as live commerces estão acontecendo neste momento! Já existem plataformas especializadas nesse tipo de ação, que podem conectar influenciadores a marcas. Porém, um dos principais exemplos está no Mercado Livre, que lançou em novembro de 2021 uma plataforma de vendas e branding, com transmissões ao vivo integradas ao marketplace.
Outro cenário favorável para as vendas por live no Brasil está no engajamento dos usuários, como você leu no início deste artigo. Conforme destacou a pesquisa Social Commerce, realizada pela All in, em parceria com a Etus e a Opinion Box, 74% dos brasileiros usam redes sociais para comprar. O potencial brasileiro é enorme.
Os memes e fenômenos da internet muitas vezes são passageiros, mas podem gerar insights para o seu conteúdo. No blog Conexão E-commerce, há um artigo sobre como trabalhar com o entretenimento para vender. Afinal, segundo uma matéria do Poder360, a 21ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia da PwC mostrou que esse mercado deve crescer 2,47% ao ano até 2024 no Brasil.
Para ficar por dentro das novidades, as redes sociais mais uma vez são um excelente termômetro. Há também ferramentas como Google Trends, que mostra o que as pessoas estão pesquisando no Google.