Você é um vendedor e tem medo de cair em um golpe no Mercado Livre? Então confira quais são as principais táticas dos fraudadores e se proteja! Porém, também fique tranquilo e ciente que o Mercado Livre é o maior e-commerce e marketplace do Brasil e, portanto, é uma plataforma muito segura.
As tentativas de fraude geralmente são externas, não necessariamente dentro do site. Então, é necessário que os vendedores fiquem atentos a comunicados não oficiais e denunciem qualquer atividade suspeita para a Central de Atendimento do Mercado Livre.
O e-commerce é, atualmente, uma das formas mais práticas e baratas tanto de começar um negócio no varejo quanto de mantê-lo em funcionamento e em constante evolução. Vender pela internet por meio de um marketplace é ainda mais vantajoso, especialmente para os pequenos negócios, visto que, nesse caso, o varejista já conta com estrutura, reputação e marketing do canal de vendas em questão — um exemplo nesse sentido é o Mercado Livre, maior marketplace da América Latina.
É preciso, contudo, tomar cuidado! Os sellers se beneficiam, sim, da visibilidade e alcance da plataforma argentina para alavancar as vendas dentro do comércio eletrônico. Porém, muitas vezes, também são alvo de quem age de má-fé e planeja aplicar algum tipo de golpe financeiro envolvendo o nome da plataforma.
Se você usa ou pretende usar o Mercado Livre para impulsionar o seu negócio — e, obviamente, não quer perder dinheiro caindo em alguma armadilha — confira o conteúdo que preparamos sobre o assunto e saiba o que fazer para evitar esse transtorno!
Cuidado, atenção e precaução são medidas fundamentais para não cair em armadilhas envolvendo o nome de marketplaces conhecidos. Por isso, para mantê-lo informado sobre o assunto, listamos quatro dos principais golpes envolvendo o nome do Mercado Livre e como evitá-los. São eles:
O golpe no Mercado Livre do e-mail falso é um dos mais comuns entre as armadilhas aplicadas dentro do marketplace. Em geral, as vítimas são aqueles vendedores que trabalham com produtos com ticket médio alto e com saída rápida no mercado — como aparelhos eletrônicos, por exemplo.
O que acontece é que o seller anuncia um produto e encontra um suposto interessado que entra em contato e diz que realizará a compra. Seja numa conversa ou nas informações na conta do Mercado Pago do vendedor, o golpista consegue o e-mail de quem está ofertando a mercadoria. Com esse dado em mãos, diz ao varejista que já realizou o pagamento e encaminha um e-mail, como se fosse o Mercado Livre, confirmando o depósito.
Sim, o vendedor recebe por e-mail uma mensagem de venda efetuada e pagamento confirmado, supostamente do Mercado Livre, com todas as características do marketplace em questão (layout, fonte, cores). Mas, ela é falsa!
Em seguida, o golpista pressiona o varejista para encaminhar a mercadoria — reforçando que efetuou o pagamento e está com pressa, precisando do produto com urgência. Se necessário, é insistente e persuasivo. Às vezes, consta no próprio e-mail falso que a mercadoria precisa ser enviada no mesmo dia para o endereço informado.
Sem desconfiar que a mensagem que recebeu por e-mail não é autêntica, o vendedor cai na pressão — no golpe. Então, envia a mercadoria para o endereço do fraudador, que nunca fez essa compra.
Usando a mesma prática do e-mail falso de venda efetuada e comprovação de pagamento, e dando sequência ao golpe, essa é outra forma de o fraudador persuadir o varejista a enviar mercadoria sem ter realizado a compra do produto.
Nesse caso, tal e-mail declara que, por conta de problemas na plataforma de envio do marketplace, a mercadoria deve ser encaminhada por um carro de aplicativo de transporte — como o Uber, por exemplo — alegando a existência de uma parceria entre as empresas. Os dados do falso motorista de aplicativo e do carro são passados ao vendedor que, inocentemente, cai na armadilha e entrega o produto ao fraudador.
O que fazer para evitar cair no golpe no Mercado Livre e aplicativos de transporte? Em primeiro lugar, esteja ciente de que não existe parceria entre Mercado Livre e aplicativos de transporte — se um dia ela acontecer, com certeza será amplamente divulgada nos canais de informação oficiais das empresas envolvidas. Se você receber esse tipo de mensagem, saiba que ela falsa!
Sendo assim, tome todos os cuidados para não cair no golpe do e-mail falso. Além disso, para evitar qualquer tipo de problema na entrega, sempre opte por fazer o envio dos produtos vendidos pelos meios oficiais de distribuição de mercadoria — como é o caso dos Correios.
Assim, você controla que a entrega foi mesmo realizada, e evita que um comprador mal-intencionado alegue não ter recebido a compra em questão. Ou seja, jamais encaminhe um produto por meio de um suposto veículo de aplicativo de transporte.
Fazer ligações para os vendedores se passando por um atendente do marketplace é mais um dos golpes Mercado Livre. A intenção das chamadas falsas geralmente é roubar os dados do varejista para ter acesso à conta dele no marketplace.
O golpe no Mercado Livre costuma ser aplicado por um comprador mal-intencionado que abre uma reclamação no canal de vendas a respeito da compra feita. O fraudador também entra em contato com o próprio vendedor avisando da objeção (a ideia é desestabilizar o seller de e-commerce).
Em seguida o varejista recebe uma ligação que, supostamente, é de um atendente do Mercado Livre, falando a respeito do problema com o cliente e que é preciso resolvê-lo urgentemente — e é a partir daí que os criminosos conduzem os vendedores a fazerem o que eles querem.
Muitas vezes, os fraudadores enviam uma mensagem via SMS ou e-mail para o varejista e, passando-se pelo atendente do marketplace. Então, pedem que o seller acesse o link da mensagem (que pode ser um vírus), ou até entre com o login e senha do Mercado Livre. Eles podem, ainda, solicitar que o login e a senha sejam ditados por telefone. Enfim, a intenção é levar a pessoa que está do outro lado da linha a diversas ações que facilitem o roubo de dados e a invasão de uma conta no e-commerce.
Vale lembrar, no entanto, que nem sempre todo esse “teatro” — que começa lá na abertura de uma reclamação — é aplicado. As ligações falsas podem acontecer a qualquer momento, sob justificativas variadas. Por exemplo: problemas no sistema do canal de vendas; problemas especificamente na conta do vendedor; algum tipo de verificação de dados, dentre outros argumentos.
Você já deve ter ouvido por aí aquela história de que, no lugar de uma mercadoria, alguém recebeu qualquer outro elemento que pudesse simular o peso dela — tijolos, pedras, areia ou cimento, por exemplo. Pois esse, como o próprio nome diz, é o conhecido como “golpe da pedra”.
A armadilha acontece usando como base as políticas de devolução de dinheiro do e-commerce, bem como as leis que garantem ao consumidor que compra pelo mercado eletrônico o direito de desistência da compra em um período determinado — seja por defeitos no produto ou arrependimento.
A estrutura do crime é simples: depois de receber a mercadoria, o fraudador usa dessas políticas e das leis para “devolver” o produto. O marketplace, então, gera uma etiqueta para retorno — mas o que o vendedor recebe de volta, na verdade, são os tijolos, as pedras e tudo mais que puder aparentar o peso e formato do que foi vendido.
De acordo com o Código Penal brasileiro, uma das tipificações em que se pode encaixar esses golpes envolvendo o nome do Mercado Livre é o crime de estelionato. Segundo o que explica o Art. 171 da Lei N° 2.848, de 7 de dezembro de 1940, o delito se trata de “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”. Portanto, em caso de golpe no Mercado Livre, é importante:
Segundo a Lei N° 12.735, de novembro de 2012, é obrigação dos órgãos da polícia judiciária estruturar “setores e equipes especializadas no combate à ação delituosa em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado”. Para sustentar a denúncia, entretanto, é fundamental que o varejista reúna o máximo possível de informações a respeito do golpe e tenha como comprová-lo.
Podem ser usados os conteúdos dos e-mails e de conversas em redes sociais, se houver, bem como fotos e dados disponíveis sobre o fraudador, notas e demais documentos da mercadoria, e tudo mais que puder atestar o crime.
Por fim, saiba ainda que, por meio de uma ata notarial emitida pelo cartório, é possível transformar todo esse material em documentos legais. Isso ajuda a verificação das autoridades no que se refere à veracidade das informações — o que, por sua vez, facilita o uso desses dados como provas legítimas do golpe no Mercado Livre em uma ação judicial.
Para reforçar: fique alerta! Atenção e precaução são as chaves para não cair nas armadilhas dos criminosos. Além disso, informação também é crucial. É importante manter-se sempre bem informado a respeito do funcionamento dos canais de venda com os quais trabalha — acompanhe nosso blog e aproveite diversos conteúdos sobre o Mercado Livre e outras pautas relevantes para quem atua no varejo online!